O Sporting recebeu e venceu os húngaros do Videoton por 2-1, em jogo do Grupo G da Liga Europa em futebol, com mais uma exibição globalmente muito pobre, mitigada por uma segunda parte tolerável.
De resto, foi essa melhoria verificada após o intervalo que permitiu ao Sporting che-gar à vitória, depois do Videoton ter sido claramente superior na primeira parte, durante a qual desperdiçou as três únicas oportunidades de golo criadas nesse período.
Aos 17 e 20 minutos, Marcelo Boeck foi o "abono da família" da equipa, ao evitar dois golos aos pés de Nikolic, que surgiu isolado na área, e aos 23 minutos Renato Neto fez a bola embater na barra do guardião "leonino".
O Sporting fez uma primeira parte deprimente, sem garra, sem dinâmica, sem fio de jo-go, que deixou sempre o adversário sair a jogar, sem o pressionar, e, quando tinha a bola, era lento na primeira fase de construção e incapaz de estender o jogo até à área húngara, tal a previsibilidade e falta de ligação do seu jogo.
O Videoton, sendo uma equi-pa limitada em termos de "matéria prima", revelou, pelo menos, ter uma ideia de jogo, um modelo trabalhado e uma identidade, ao contrário do Sporting, que, nesta fase da época, continua a ser uma "manta de retalhos" e a de-pender da inspiração individual de um ou outro jogador.
A opção de Vercauteren poupar dois titulares como Elias e Wolfswinkel, quiçá a pensar no jogo de segunda-feira com o Benfica, pouco serve de desculpa para tão pobre exibição, atenuada na segunda parte com uma atitude mais profissional por parte dos jogadores.
O Sporting passou a imprimir um pouco mais de velocidade e intensidade ao seu jogo, pressionando mais adiante, o que foi o suficiente para recuperar mais rapidamente a bola e fazer abanar a frágil estrutura defensiva húngara. Pelo menos, os jogadores "leoninos" passaram a correr um pouquinho mais.
Aos 52 minutos, o Sporting criou a sua primeira oportunidade de golo, quando Insua cruzou para a cabeça de Capel, que ofereceu o golo a Boulharouz, mas este, em boa posição na área, rematou para as nuvens. Sete minutos depois, Viola – que jogou a ponta de lança, mas foi mais extremo do que outra coisa – fez o mais difícil na pequena área, ao não acertar com a baliza húngara.
Os esforçados húngaros sentiam cada vez mais dificulda-des a sair a jogar e o Sporting chegou, finalmente, ao golo, aos 65 minutos, por Labyad, em recarga a um livre potente cobrado por Insua.
Numa altura em que o jogo parecia estar completamente controlado pelo Sporting, sur-ge uma mão na grande área do Sporting por parte de Rinaudo, tendo Sandor, aos 80 minutos, convertido o castigo máximo.
O espectro do empate demorou pouco tempo, já que, aos 82 minutos, Viola, apro-veitando uma desorientação contrária, recolocou os "leões" na frente.