O projecto da Portucel Moçambique, subsidiária do grupo português Portucel Soporcel, contempla a plantação de 125 mil hectares de eucaliptos apenas na província de Manica a fim de abastecer a indústria de papel, escreveu o jornal Notícias, de Maputo.
O jornal acrescentou que, de acordo com dados divulgados pela sociedade de desenvolvimento florestal e industrial, a maior plantação de eucaliptos incluída no projecto será estabelecida no distrito de Gôndola, que prevê uma área florestada de 57 mil hectares, seguida de Mossurize, com 43 mil e Báruè com 25 mil hectares.
A instalação desta base florestal ao nível da província de Manica será gradual, estimando-se a plantação de 1500 hectares no primeiro ano, que serão aumentados até se atingir uma área florestada de 125 mil hectares ao fim de 12 anos, segundo indica o cronograma das actividades silvícolas.
Jorge Lacerda, director executivo da Portucel Moçambique, disse ao jornal que vai ser lançado um programa de produção de viveiros de eucaliptos, cujos módulos contemplam cinco a seis milhões de plantas por viveiro, a serem instalados no centro dos núcleos florestais de modo a optimizarem o aproveitamento da mão-de-obra local e o transporte das plantas para as áreas de plantação.
O investimento necessário para realizar este projecto deverá ascender, apenas na província de Manica, a 353,5 milhões de dólares, disse Jorge Lacerda.
A Portucel Moçambique apresentou em Março de 2008 uma manifestação de interesse ao governo de Moçambique para a realização de um projecto de base florestal integrado, com várias componentes, entre as quais a florestal, a produção de pasta e energia renovável, e, por último, a produção de papel, nas províncias de Manica e Zambézia.
* Uma centena de empresas de Moçambique vai prestar serviços ao grupo português Portucel Soporcel
Cerca de uma centena de pequenas e médias empresas moçambicanas irão prestar serviços à Portucel Moçambique, subsidiária do grupo português Portucel Soporcel, noticiou o jornal moçambicano Correio da Manhã.
O grupo português está envolvido num ambicioso projecto de implantação de uma indústria de produção de papel nas províncias de Manica e da Zambézia, onde pretende, em terrenos com um área de 125 mil hectares, plantar eucaliptos que servirão para abastecer as fábricas de produção de pasta e de papel.
Com um investimento total estimado de 551,5 milhões de dólares, dos quais 353,5 milhões de dólares na província de Manica, a Portucel Moçambique pretende envolver as cerca de 25 mil famílias residentes na zona de intervenção.
“Não vamos expulsar ninguém, mas sim apostar num modelo de floresta/habitação”, ou seja, “vamos plantar árvores de eucaliptos em volta das habitações, uma iniciativa que deverá envolver e beneficiar as próprias comunidades”, assegurou o director executivo da Portucel Moçambique.
Pedro Moura disse ainda que cada família irá receber um mínimo de 2,9 hectares para a prática de uma agricultura virada para o mercado, de um total de 356 mil hectares de área concessionada pelo governo de Moçambique ao grupo português.
O jornal adiantou que da área concessionada cerca de 35% serão explorados pelas comunidades locais, a fim de salvaguardar a biodiversidade das regiões abrangidas.
A Portucel Moçambique apresentou em Março de 2008 uma manifestação de interes-se ao governo de Moçambique para a realização de um projecto de base florestal integrado, com várias componentes, entre as quais a florestal, a produção de pasta e energia renovável, e, por último, a produção de papel, nas províncias de Manica e Zambézia.